terça-feira, 6 de novembro de 2012

Start-UP, End-UP ou simplesmente Star


Uma Start-up é uma realidade com que tenho vivido ao longo dos últimos anos quer como experiência pessoal quer como experiência de outros.
Lembro-me bem de ter comprado a minha primeira empresa com 19 anos e nessa altura era uma empresa de família com 27 anos de vida e 3 empregados que podiam ser, por questões de idade, meus pais... Era uma experiência de End-up! Já tudo funcionava e podia até estar perto do seu fim, se não se modernizasse!
Depois em 1988 arranquei com uma mega Start-up (no primeiro dia eramos 21 pessoas) porque aproveitamos uma abertura do quadro legal e um mercado altamente envelhecido para em 3 anos pagar todos investimentos. Foi uma Start-up durante uma década! Controlamos o mercado e o negócio porque tínhamos 4 fatores altamente diferenciadores:

1. Visão: queriamos ser a maior e melhor empresa em Portugal.
2. Inovação em processos (sistema informação totalmente integrado, ERP próprio, ausência de máquinas de escrever, ninguém tinha secretária, etc)
3. PUV (proposta única de venda ou proposta de valor) preocupação pelo cliente, excelência no atendimento e demos ao cliente o que mais ninguém conseguia dar na altura: tratamento integral e resolução total da sua pretensão. Na altura o cliente para resolver a questão tinha que andar de um lado para outro até conseguir, nós oferecemos tudo num mesmo local e com competência e eficácia superior.
4. Preocupação pelo cliente: o cliente sempre foi o nosso verdadeiro patrão e isso refletia-se na forma como se geria a Equipa.

Entretanto iniciei uma start-up tecnológica introduzindo um produto resultante do meu doutoramento e que podia ser uma revolução na indústria. Baseava-se em economias enormes obtidas à custa da poupança em ferramentas... a PUV era fantástica e inovadora... mas o mercado não estava preparado para lucrar com as vantagens dessa tecnologia. Andámos 5 anos a “ensinar” o mercado, a introduzir a tecnologia, mas o mercado só disparou passados 10 anos e como tal tivemos que encerrar antes do mercado despontar.

Destes 3 tipos de start-up, de iniciativas empresáriais, de empreendedorismo na primeira pessoa podemos tirar algumas conclusões. No primeiro caso é muito dificil modernizar uma estrutura existente, no segundo se damos ao mercado exatamente o que ele quer temos um sucesso incalculável, precisamos estar atentos às oportunidades e arrancar sem olhar para trás. No terceiro caso por mais fantástico que seja o teu produto ou serviço se o mercado ainda não o valoriza é necessário esperar.

Como devem calcular eu hoje só tenho pena de não ter tido um ActionCOACH ao longo dessas 3 experiências pessoais. E porquê? O ActionCOACH pode ajudar em qualquer de uma dessas situações.
Na primeira teria ensinado rápidamente as 6 chaves para uma Equipa vencedora e teria com toda a certeza ajudado a implementar uma dinâmica de mudança que não tem a ver com a idade das pessoas mas sim com o seu sistema interno e técnicas como o Acima e Abaixo da linha teriam sido fundamentais.
Na segunda teria demonstrado melhores técnicas de controlo e ajudado a pô-las em prática de forma a serem vividas pela organização e qualquer das 4 fases do controlo (destino, dinheiro, tempo e consistência na entrega) teriam ajudado a dimensionar os investimentos e a melhorar a entrega sem qualidade desmesurada mas sim qualidade adaptada às expetativas do cliente.
Na terceira teria ajudado a refrear o investimento a procurar primeiro ver quem era o mercado comprador, se calhar a vender os produtos de outros e mais tarde arrancar com produção própria, teria ensinado técnicas de vendas com propagação de conhecimento em lugar de investimento intensivo. Se calhar técnicas de marketing de guerrilha teriam sido inventadas para melhor ajudar a arrancar.

Em todas estas empresas o plano de negócios existia, mas como costumo dizer ao defrontar-me com muitos empresários ou empreendedores: não conheço nenhum plano de negócios que não dê lucro... quanto à sua execução...

ActionCOACH teria ainda no segundo caso ajudado a fazer crescer a empresa com um fim bem específico em vista: uma empresa só vale se alguém a quiser comprar, e todas as empresas devem ser construidas com esse fim em vista. Esta atitude mental permite que qualquer decisão seja guiada pelo que é mais racional para a empresa, pelo investimento que acrescenta valor, por tudo aquilo que permite a outros quererem participar e investir nela, e isso mais cedo ou mais tarde, por esta ou por aquela razão, deve acontecer em qualquer Start-up de sucesso!